Vela que “cheira à discriminação no mercado de trabalho” denuncia desigualdades

Com custo de R$111, arrecadações serão revertidas a doações para ONG LGBTQIAP+; vela tem “cheiro de baunilha velha e simples” para ilustrar mercado sem diversidade

Vela tem cheiro de 'baunilha velha e simples'
Foto: Reprodução/Meto UK
Vela tem cheiro de 'baunilha velha e simples'


Uma marca de consultoria britânica lançou uma vela “com cheiro de discriminação no mercado de trabalho”, que quer conscientizar sobre as desigualdades que ainda existem em ambientes corporativos. Todo dinheiro arrecadado com a vela será convertido em doações para uma organização de apoio  LGBTQIAP+ chamada Moonlight Experientes.

O intuito das velas é chamar atenção para o fato de que CEOs homens e brancos correspondem a 85% das pessoas neste cargo, evidenciando discriminações relacionadas a gênero, orientação sexual, identidade de gênero e cor de pele.


A vela lançada pela empresa Lightning Travel Recruitment dura até 30 horas e tem cheiro de “baunilha velha e simples”, que é como a empresa afirma ser o cheiro de um ambiente de trabalho sem diversidade. O produto é feito com material reciclável e cera vegana de soja. Cada vela custa £14.99 (R$111 na cotação de 4 de outubro de 2021).

Para auxiliar ainda mais na diversificação do mercado de trabalho, a vela vem com um livreto que possui informações sobre questões envolvendo minorias no mercado de trabalho, um glossário de termos corretos e incorretos e diversas fontes e informações educativas.

“O objetivo dessa vela e de todo trabalho que fazemos é de denunciar as besteiras que vemos diariamente na indústria de viagens”, afirma o fundador da empresa, Chris King, ao Metro UK. “As falas que usamos no livreto, como ‘nós não conseguimos encontrar talentos diversos’, pode parecer sensacionalista, mas é uma das frases que eu e muitos outros que pertencem a grupos marginalizados ouvirmos e líderes mais velhos de empresas”, acrescenta King.

Em relação às empresas de turismo, ele afirma que a indústria se vangloria por ser elitista e considerada de glamour. “Nós deveríamos estar normalizando essa indústria, nos educando e investindo em pessoas com base em suas capacidades, não em seus gênero, raça ou sexualidade”.