Marcela Maeve Marques é a primeira mulher trans a trabalhar em uma redação esportiva no Brasil. Em texto publicado no Globo Esporte, ela contou que é a primeira trans a fazer tudo o que faz no jornalismo esportivo.
"A primeira a escrever no blog, a primeira a fazer planilha e, se nada mudar daqui a algumas semanas, a primeira a trabalhar numa Olimpíada", disse.
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"Venho com a responsabilidade de carregar um peso: o da representatividade, dos sonhos que se agarram nesse vislumbre de onde todas somos capazes de chegar. Cada conquista individual se torna coletiva da comunidade trans", contou.
"Uma voz que não deve ser calada jamais. Sendo quem sou, tenho a responsabilidade de me provar profissionalmente por aquelas que são como eu, mas não têm a oportunidade de abraçar seus sonhos", disse.
No texto, Marcela também diz que o esporte é uma ferramenta que une as pessoas, que faz desconhecidos se abraçarem nas arquibancadas, nações pararem para acompanhar partidas, mas que ainda é pouco inclusivo. Ela reconhece que foi preconceituosa.
"Eu cresci nas arquibancadas, eu já cantei que o time A ou o time B era time de "viado", eu já entoei cânticos, provocações e opiniões que definitivamente não me orgulho; esse texto não é para te condenar, caso você tenha esse perfil. É para falar um pouco de mim, e do quão nocivas são as consequências do seu, do meu, do nosso futebol 'raiz'", disse.