O The Realness Festival 2025, considerado o maior festival drag da América Latina, reuniu milhares de pessoas neste sábado (16), na Vibra São Paulo, em uma noite que celebrou diversidade, representatividade e a força da arte queer.
Entre os destaques nacionais, Grag Queen, vencedora do Queen of the Universe e apresentadora do Drag Race Brasil, falou ao IG Queer sobre a recepção calorosa do público.
“Olha, não vou dizer que eu estou passada porque eu já sabia que elas iam entregar muito. Mas eu estou passada porque a recepção está vindo incrível. Eu fui lá, vi, me apaixonei por elas. Agora vendo você se apaixonar por elas, vendo elas felizes viajando o Brasil, eu fico toda babona.”
Grag também falou sobre a repercussão internacional do programa.
“Eu sinto que as pessoas estão respeitando muito. Acho que a gente vai fomentando, vai criando: uma temporada, duas temporadas, três. As pessoas estão respeitando, mas tô sendo chamada não só de mãe, mas de mother, mamacita e outras coisas que eu acho que também representam mãe. E eu amo estar à frente disso. Para mim, é um sonho. Às vezes fico passada, chocada, porque eu sento naquela cadeira e me divirto, que nem uma maluca.”
Ao ser questionada sobre viver a arte drag em um período de grande visibilidade, ela respondeu:
“É uma honra, sem esquecer de quem veio antes de nós e tornou isso possível. Muita gente já fez drag em cenários que não eram favoráveis, então sou muito grata por estar nesse espaço e por inspirar e revolucionar cada vez mais a cena atual. Por mim, podia ser todo mundo drag.”
Já Silvetty Montilla, que celebra 38 anos de carreira, destacou a importância de ver um festival desse porte no Brasil.
“Eu acho muito importante, eu fico muito feliz. Ver essa nossa cultura crescer a cada dia é muito gratificante."
Sobre os shows mais aguardados, Silvetty preferiu não eleger um nome específico.
“Eu quero ver todas. Eu acho que todas são maravilhosas, todas estão conquistando o seu espaço. Então, em um festival tão grande como esse, a gente tem que aplaudir a todas.”
Com bom humor, a drag também mandou um recado ao público. “Será que eu tenho algum fã que está aí? Eu quero falar que eu estou muito feliz. Um beijo a todos, a todas e a todes. Eu sou da época do GLS: Gays, Lésbicas e Silvetty Montilla. Hoje é muita letra, mas um beijo a todas. Estou muito feliz por estar participando.”
O evento reuniu nomes internacionais de peso, como Sasha Colby, Shea Couleé, Sasha Velour e Symone, além de artistas nacionais como Betina Polaroid, Hellena Malditta, DaCota Monteiro, NAZA, Frimes e Ikaro Kadoshi, consolidando o festival como um dos maiores palcos de visibilidade drag do continente.