Família de The Vivienne revela causa da morte de campeã do DRUK

A drag queen teve uma parada cardíaca após o uso de ketamina

James Lee Williams, conhecido como The Vivienne
Foto: Reprodução/Instagram
James Lee Williams, conhecido como The Vivienne

O britânico James Lee Williams, conhecido pela drag queen The Vivienne, morreu aos 32 anos devido a uma parada cardíaca causada pelo uso de ketamina, informou a família. Vencedora da primeira edição de RuPaul's Drag Race UK , a artista foi encontrado sem vida em janeiro, em sua residência em Cheshire.

A família compartilhou a causa da morte para conscientizar sobre os riscos do uso da substância. "Continuamos completamente devastados, mas queremos alertar sobre os perigos da ketamina", afirmou Chanel Williams, irmã da artista. A família irá colaborar com a organização Adferiad para ampliar a discussão sobre abuso de substâncias.

A investigação oficial sobre a morte de The Vivienne está programada para junho. Segundo a Polícia de Cheshire, não há indícios de circunstâncias suspeitas no falecimento do artista.

Simon Jones, agente e amigo próximo de Vivienne, destacou a importância de tornar públicas as informações sobre a causa da morte. "Esperamos que divulgar isso possa ajudar a alertar sobre os riscos do uso prolongado da ketamina e seus impactos no corpo", afirmou.

Natural de Colwyn Bay, no norte do País de Gales, The Vivienne se mudou para Liverpool e alcançou reconhecimento após vencer Drag Race UK em 2019. Foi a única drag queen da versão britânica a competir no Drag Race All Stars: All Winners dos Estados Unidos.

Uma vigília realizada em Liverpool, logo após a morte da artista, reuniu amigos e familiares, que destacaram o impacto de sua trajetória. "Ele trouxe brilho para a vida", declarou a família. O funeral aconteceu em janeiro, na cidade de Bodelwyddan, em Denbighshire, com presença de celebridades como Jade Thirlwall e Ian "H" Watkins, além de artistas drag.

Durante Drag Race UK , The Vivienne compartilhou a experiência de superação do vício em ketamina, ajudando a levar o tema ao público. Agora, a família pretende dar continuidade a esse legado por meio de campanhas de conscientização sobre os perigos do abuso de substâncias.

"A ketamina é uma droga extremamente perigosa e está se tornando cada vez mais comum no Reino Unido", alertou Chanel Williams. "Se pudermos ajudar a conscientizar sobre esses riscos e apoiar quem enfrenta o vício, algo positivo pode surgir dessa tragédia."

Dados do National Drug Treatment Monitoring System apontam um aumento significativo no número de menores de 18 anos que buscam tratamento para dependência de ketamina na Inglaterra. O total subiu de 335 para 917 entre 2020-21 e 2023-24.

A porta-voz da Adferiad, Donna Chavez, destacou a importância da iniciativa da família Williams. "A coragem em compartilhar essa história ajudará a conscientizar sobre os impactos devastadores do uso de substâncias", disse. "Vemos um aumento preocupante no consumo de ketamina, muitas vezes sem conhecimento dos riscos. Precisamos abrir esse debate e oferecer suporte para aqueles que necessitam de ajuda."