Participante de reality chamada de 'Drag Bolsonara' nega voto em Jair

Influenciadora Diva More sofreu ataques após ser anunciada no Drag Race Brasil, versão brasileira do RuPaul's Drag Race

Foto: Reprodução
Participante de reality chamada de 'Drag Bolsonara' nega voto em Jair

A artista drag queen Diva More foi alvo de ataques nas redes sociais após ser anunciada como uma das participantes do Drag Race Brasil, versão brasileira do RuPaul's Drag Race. Na última sexta-feira (4), Diva More, que vem sendo chamada de 'Drag Bolsonara', negou ter votado no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Através do Twitter, Diva More se pronunciou aos seguidores alegando ter sido vítima de ataques e notícias falsas.  

"Meu nome é Eduardo Jônata, sou maquiador, ator, figurinista, e também conhecido pela minha drag queen: Diva More. Venho através desta carta aberta informar que nunca votei no ex-presidente Bolsonaro. Nunca fui bolsonarista, nem fiz campanha para ele", escreveu.

O artista se defendeu apontando que nas últimas eleições o candidato para quem destinou o voto foi Ciro Gomes (PDT). "Ao final da apuração do primeiro turno, expressei no meu no Instagram minha frustração pelo candidato em que eu acreditava não ter passado para o segundo turno. Este story foi printado, descontextualizado e jogado em grupos de ódio nas redes sociais".

"Recebi mais de oitocentas mensagens de ódio, e a alcunha de 'Drag Bolsonara'. Em um instante eu não só estava sob ameaça, como fui transformado em tudo pelo qual sempre lutei contra", lamentou.

Eduardo também esclareceu o motivo pelo qual não compareceu no segundo turno da eleição presidencial. "Tinha me mudado para Búzios após os prazos de transferência de título e/ou declaração de voto em trânsito. E também estava passando por dificuldades financeiras. Viajar para minha zona eleitoral, no Rio de Janeiro, implicaria em gastos fora do meu orçamento".

O artista destaca que após o anúncio da participação no Drag Race Brasil a onde de ataques voltou e com maior intensidade. "Agora, que os holofotes se voltaram para mim, junto a eles vieram uma nova onda de ataques desproporcionais, repetidos e vindo de um lado da trincheira ao qual eu também pertenço".

"Embora manter o voto em segredo seja um direito constitucional numa democracia, entendo a ameaça o candidato em questão representa para nossa comunidade LGBTQIA+. E por isso, reitero que não votei e jamais fiz campanha para Bolsonaro, que não me alinho às pautas ou à visão de mundo que ele defende", completou.