A grande varejista norte-americana Target vai retirar produtos do Mês do Orgulho LGBT+ de suas vitrines e site após intimidações de clientes conservadores que teriam ameaçado a segurança dos trabalhadores da rede, segundo a empresa.
No site da companhia é possível ver centenas de produtos coloridos, incluindo camisetas com arco-íris, copos de cerveja com a mensagem “Cheers Queers” (Saúde Queers, em tradução), um livro infantil sobre pronomes , entre outros produtos que homenageiam a comunidade LGBT+.
A empresa informou que disponibiliza os produtos comemorativos no mês de junho, quando se celebra o orgulho queer, há mais de uma década. Contudo, neste ano, com a crescente ameaça a drag queens e pessoas trans nos EUA , a varejista optou por retirar alguns desses itens para proteger os trabalhadores nas lojas.
“Dadas estas circunstâncias voláteis, estamos promovendo ajustes nos nossos planos, o que inclui remover produtos que têm estado no centro de comportamentos hostis”, declarou a porta-voz Kayla Castañeda, em um comunicado.
No Twitter, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, criticou a medida e acusou o diretor da Target, Brian Cornell, de “vender a comunidade LGBTQ+ aos extremistas”. A decisão da Target, acrescentou Newsom,
“É um ataque sistemático à comunidade gay, que está acontecendo por todo o país. Acorde América. Isso não para por aqui. Você é negro? Você é asiático? Você é judeu? Você é uma mulher? Você é o próximo”, refletiou o democrata.
CEO of Target Brian Cornell selling out the LGBTQ+ community to extremists is a real profile in courage.
— Gavin Newsom (@GavinNewsom) May 24, 2023
This isn’t just a couple stores in the South. There is a systematic attack on the gay community happening across the country.
Wake up America.
This doesn’t stop here.… https://t.co/1vRgukaT0g
Em Abril, a marca de cerveja Bud Light enfrentou ataques transfóbicos e uma queda nas vendas após parceira com a influenciadora trans Dylan Mulvaney, que fez uma propaganda da bebida. Republicanos promoveram boicote ao produto, o que obrigou o CEO da empresa a emitir um comunicado.
“Nunca quisemos fazer parte de uma discussão que divide as pessoas. Estamos num negócio que quer juntar as pessoas para beber uma cerveja”, escreveu.
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