Além da peruca loira, o deputado federal eleito por Minas Gerais tem um histórico de falas preconceituosas contra pessoas transsexuais
No dia 8 de março, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), usou seu espaço na Câmara dos Deputados para reproduzir falas transfóbicas contra mulheres trans. Nikolas vestiu uma peruca loira e afirmou “estar se sentindo uma mulher” e que se chamaria “deputada Nicole”.
Após as declarações de transfóbicas, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) afirmou que ela, junto a bancada do partido e outros parlamentares, entraria com um pedido de cassação do mandato de Nikolas ao Conselho de Ética da Câmara.
Desde 2019, por entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), homofobia e transfobia passaram a se enquadrar como crime de racismo (Lei n 7.716/1989) com penas de multa a reclusão de até 5 anos.
Nikolas Ferreira foi denunciado por crime de injúria racial contra a deputada federa Duda Salabert (PDT-MG). A queixa-crime aconteceu após uma entrevista na qual o deputado usa pronome masculino para se referir à Salabert. Nikolas negou ter cometido crime.
Em 2022, o então vereador expôs em suas redes sociais imagens de uma menina trans de 14 anos por ela ter usado o banheiro feminino de uma escola em Belo Horizonte, o que teria constrangido sua irmã, também aluna. Nikolas foi acusado de LGBTFobia e violação do artigo 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Na ocasião, Nikolas foi acusado de LGBTfobia pelas vereadoras Bella Gonçalves (PSOL-MG) e Iza Lourença (PSOL-MG) e pela Aliança Nacional LGBTI. O Ministério Público abriu investigação sobre o caso.
O político já teve contas bloqueadas nas redes sociais devido as acusações de Fake News e ataques contra as urnas eletrônicas. Ele também se envolveu em polêmicas por gordofobia contra a influenciadora Thais Carla. No vídeo ao fundo, Nikolas aparece conversando com o deputado Guilherme Boulos, após discurso no qual o politico do Psol classifica o discurso do bolsonarista como crime.
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