4 momentos da história LGBT+ pouco conhecidos

Inglaterra: Seção 28

Ondas de conservadorismo sempre tentam apagar a história LGBT+. Na Inglaterra, por exemplo, a Seção 28 - uma emenda à Lei do Governo Local de 1988 - apresentada pelo governo Thatcher, proibia as autoridades e escolas locais de "promoverem a homossexualidade". A censura impactou a produção de livros, peças de teatro, folhetos, filmes ou outros materiais que abordassem relacionamentos homoafetivos

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Fake news, cura gay e kit gay no Brasil

Aqui no Brasil, os últimos anos foram críticos para as pautas LGBT+, especialmente com movimentos como o da cura gay; e da campanha contra educação sexual nas escolas com o espalhamento de fake news, como a existência de um kit gay.

Informação e história são as respostas

Apenas com informação correta e resgate da história, lembrando todos os avanços e dificuldades que os antepassados viveram, é possível entender o presente e olhar para o futuro. Pensando nisso, confira a seguir quatro momentos da história LGBT+ que são pouco conhecidos (mas que são muito importantes).

Primeiro casal LGBT+ conhecido viveu há 2.400 antes de Cristo

As relações homoafetivas nem sempre foram condenadas como ocorre hoje em dia e a primeira que se tem notícia é datada de 2.400 a.C.

Niankhkhnum e Khnumhotep

Arqueólogos desenterraram dois manicures da corte real do Egito chamados Niankhkhnum e Khnumhotep. Eles foram encontrados enterrados juntos em uma tumba compartilhada e estavam posicionados de maneira semelhante a casais da época: nariz com nariz envoltos em um abraço apertado. A epígrafe de Niankhkhum e Khnumhotel diz: “Unidos na vida e unidos na morte”.

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Samurais japoneses lutaram contra as leis de sodomia

O xintoísmo e o budismo japoneses nunca desaprovaram a homossexualidade. Contudo, com a chegada dos americanos, no século 19, o Japão se esforçou para copiar o país e, durante uma década, entre 1872 a 1882, a sodomia [relação sexual anal] entre homens foi criminalizada no Japão.

Saiseki: manual para relacionamentos homossexuais

A decisão não agradou os samurais, guerreiros que serviam a ricos proprietários de terras, que viam o nanshoku, o sexo entre homens, como uma tradição secular. Havia, inclusive, um manual chamado Saiseki, escrito por um monge budista anônimo em 1657, que abordava como as relações homoafetivas deveriam acontecer.

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Pessoas trans lideraram uma das primeiras rebeliões queer nos Estados Unidos – e não foi Stonewall

Protesto na Cooper Do-nuts, em Los Angeles

Uma década antes de Stonewall, nos anos 1950, xícaras de café de isopor e rosquinhas velhas eram símbolos de resistência para clientes trans e de gênero diversificado, em um café 24 horas de Los Angeles, o do Cooper Do-nuts. Em 1959, clientes trans entraram em confronto com a polícia no que os historiadores consideram ter sido um dos primeiros protestos relacionados às pessoas LGBT+ nos Estados Unidos.

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O pornô mais antigo era queer

Os petróglifos Kangjiashimenji são esculturas rupestres antigas que acredita-se terem sido criadas entre 3.000 e 4.000 anos atrás na província de Xinjiang, na China. Os desenhos são o exemplo mais antigo conhecido de pornografia que já foi encontrada.

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Pinturas exibiam relação homossexuais e gêneros não-binários

Em algumas ilustrações, que exibem esculturas “femininas” bem torneadas e grandes esculturas “masculinas” empunhadas pelos pênis, os homens abraçam outros homens, e outros dançaram em torno de figuras que não se adequam ao binarismo de gênero, enquanto alguns se preparam para fazer sexo com as figuras "femininas".

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