Em 1976, aos 31 anos, Eloína dos Leopardos foi a primeira rainha de bateria a desfilar no Rio de Janeiro de que se tem notícia. Ela desfilou a frente da bateria da Beija-Flor, que com o enredo "Sonhar com Rei Dá Leão", do carnavalesco Joãosinho Trinta, levou o campeonato do ano.
Quatro anos antes, em 1972, Eloína quase desfilou no Acadêmicos do Salgueiro, também no Rio de Janeiro, a convite de Joãosinho Trinta, mas sua participação não foi aceita, o que ela atribuiu no documentário "Memórias da Diversidade Sexual" a transfobia.
Nos dois anos seguintes a sua estreia na Beija-Flor (1977 e 1978), Eloína seguiu como rainha de bateria da escola, que venceu o concurso nestes anos com os enredos "Vovó e o Rei da Saturnália na Corte Egipciana" (1977) e A Criação do Mundo na Tradição Nago (1978).
Em 1969, Eloína se mudou para Paris para fugir da perseguição no período da ditadura militar. A artista trabalhou no “Le Carrousel de Paris”, junto a grandes travestis consagradas e estrelas mundiais.
Eloína retornava ao Brasil apenas para curtir o Carnaval e participar dos desfiles. Na década de 1980 retornou de vez e em 1987 produziu a "Noite dos Leopardos", no Rio. Na atração, ela subia ao palco ao lado de homens, vestidos de leopardos, que ficavam nus ao longo do show. O espetáculo fez muito sucesso e ficou em cartaz por 10 anos. Personalidades internacionais como a atriz Liza Minnelli e a cantora Madonna prestigiaram a apresentação.
Muitos consideram que Eloína pode ter sido a primeira rainha de bateria do Brasil, contudo, Nãnãna da Mangueira pode ser de fato a quem o título deve ser atribuído. A sambista desfilou a frente da bateria da Mocidade Alegre, de São Paulo, no ano de 1973 - três antes dos desfiles de Eloína.
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