Geek Queer: acompanhe as representações lésbicas nos cinemas

O iG Queer resgatou alguns filmes que retratam a letra L da sigla e que valem ser analisados

Foto: Reprodução/Pinterest - 04.11.2022
Filme 'Rafiki'

As várias letras que compõem a sigla LGBTQIAP+ atentam para o fato de que a quantidade de demandas dessa parcela da população é bem grande, e isso inclui a representatividade. Personagens gays , mesmo que ainda não sejam uma constante na indústria audiovisual, possuem bons exemplos de representação, mas a mulher LGBT, em especial a  mulher lésbica, não recebe tanto reconhecimento, mesmo que existam obras que retratem as vivências delas. 

Vale lembrar que mesmo que hajam filmes e séries com protagonismo lésbico , é necessário incentivar cada vez mais essas produções para que se tornem cotidianas, bem como todas as letras da sigla deveriam ser neste ramo. Para analisar de que forma as obras audiovisuais retrataram a letra L, o iG Queer separou alguns filmes com personagens lésbicas que possuem reconhecimento do público. 

Retrato de uma Jovem em Chamas (2019)

Foto: Reprodução/Pinterest - 04.11.2022
Retrato de uma Jovem em Chamas

O filme foi produzido em 2019, mas a história é ambientada na França de 1770. Este drama histórico narra o romance entre uma jovem aristocrata e uma pintora comissionada para fazer o retrato dela. Bucólica e sensível, a produção levou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes e foi indicada a 2 prêmios Oscar. 

Explorar a sexualidade em tempos nos quais esse debate sequer tinha uma raiz mostra que existe, mesmo que tímida, uma preocupação em tentar diversificar a abordagem e estabelecer comparativos entre séculos passados e nosso século atual. 

Minhas Mães e Meu Pai (2010)

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Minhas Mães e Meu Pai

Esse filme é bastante famoso e retrata um drama familiar real, pois é baseado nas vivências da diretora Lisa Cholodenko. Dois jovens concebidos por inseminação artificial resolvem ir atrás do pai e trazê-lo para perto do convívio com as duas mães. Por se tratar de uma história verídica, a carga sensível é grande, além de abordar a maternidade lésbica, que ainda é pouco discutida. 

Carol (2015)

Foto: Reprodução/Pinterest - 04.11.2022
Carol

O romance dramático também é bastante popular e, assim como “Retrato de uma Jovem em Chamas”, é ambientado em outros tempos – mais especialmente em Nova York nos anos 1950. Indicadas ao Oscar, as atrizes Cate Blanchett e Rooney Mara vivem Carol e Thèrese, respectivamente, mulheres de idades e realidades sociais bem distintas se apaixonam ao mesmo tempo em que enfrentam suas limitações sociais. A produção foi inspirada no livro “O Preço do Sal”, de Patricia Highsmith.

Alguém Avisa? (2020)

Foto: Reprodução/Pinterest - 04.11.2022
Alguém Avisa?

A comédia romântica integrou uma das várias produções natalinas que surgem no final do ano. O longa foi inspirado nas experiências da diretora, Clea DuVall, com a família e retrata a vida de uma mulher (Kristen Stewart) que planeja pedir a namorada (Mackenzie Davis) em casamento durante a festa de Natal da família. Porém, ela não sabe que a parceira ainda não se assumiu para os pais conservadores. 

A história, apesar de engraçada, ainda carrega o drama de muitas pessoas LGBTs que precisam esconder a sexualidade ou a identidade de gênero da família por saberem que não serão bem aceitos. Explorar isso da perspectiva da letra L é importante, bem como abordar esse tema sob a ótica das demais letras também. 

Rafiki (2018)

Foto: Reprodução/Pinterest - 04.11.2022
Rafiki

Este é nada mais nada menos do que o primeiro filme queniano exibido no festival de Cannes e o primeiro a ser exibido nos cinemas quenianos com uma mensagem positiva acerca da homossexualidade. O filme conta o desabrochar de um romance entre Kena e Ziki, duas jovens bem diferentes cujos pais são rivais em uma campanha política. Apesar das divergências, elas têm em comum o desejo de realizar seus sonhos em meio às limitações da sociedade conservadora em que vivem. 

Princess Cyd (2017)

Foto: Reprodução/Pinterest - 04.11.2022
Princess Cyd

Uma garota de 16 anos que perdeu a mãe recentemente decide passar o verão na casa da tia, em Chicago. Como um bom filme of age (que foca no crescimento da protagonista da infância à fase adulta), Cyd embarca em uma jornada de autodescoberta, especialmente com relação à sexualidade quando se apaixona por outra garota. A obra sobre amadurecimento é independente e constrói a narrativa de forma intimista.

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