Os gays mais estereotipados das séries e do cinema

Todos conhecem a “gay padrão”

Existem muitos estereótipos que rondam a comunidade gay, alguns deles alimentados pela própria letra G da sigla, infelizmente. No que diz respeito à representação deste grupo nas séries e nos filmes, há algumas abordagens que, além de estereotipadas, não se aprofundam na vida e na personalidade do personagem, ou seja, o colocam como um mero detalhe do enredo. Além disso, também representam o homem gay como o famoso “chaveirinho”: aquele que anda com pessoas hétero apenas para servi-las de alguma forma

Stanford Blatch, de “Sex And The City”

Ele é um dos melhores amigos de Carrie Bradshaw na trama, mas infelizmente foi retratado de maneira muito estereotipada. Além disso, as aparições do personagem serviam totalmente de alívio cômico, o enquadrando perfeitamente no famoso clichê de “melhor amigo gay”

Waylon Smithers, de “Os Simpsons”

Demoraram três décadas para o personagem finalmente ter a sexualidade explicitada, e até este momento quase não existia desenvolvimento de caráter da parte dele. Ao invés disso, investiram em estereótipos sobre homens gays, como a paixão por musicais e, claro, a fascinação pelo homem por quem era apaixonado – no caso o próprio chefe

Kurt Hummel, de “Glee”

Glee foi uma série muito significativa em termos de representatividade, tanto nos personagens quanto no elenco – o próprio ator que deu vida a Hummel é gay. Porém, era um pouco difícil levar o personagem Kurt a sério a partir do momento em que ele possui um jeito espalhafatoso que beira o caricato, o estereótipo clássico de que “homens gays são afeminados”, mas explorado de maneira exagerada

Max Adler, de “Amigos da Faculdade”

Apesar dele namorar um homem, é difícil ter em mente que Max é gay. Isso não deveria ser um problema, afinal homens gays não precisam “parecer” gays – esse conceito sequer existe – e ninguém precisa se assumir se não quiser. Contudo, o ponto deste personagem é que ele parece negar e ignorar a própria sexualidade ao invés de vê-la com a naturalidade que a compete

Reprodução/The Movie Database - 06.10.2022

Will Truman, de “Will & Grace”

A série foi bem pioneira em termos de protagonismo gay. Porém, um olhar mais cuidadoso mostra que os personagens não eram todos maravilhosos. Will, por exemplo, tinha alguns problemas que incluíam a falta de emoção e afeto pelo namorado e a forma como ele desprezava Jack pelo comportamento campista. Isso tudo passa uma vibe “Regina George”, ou seja, como se o Will fosse um exemplo a ser seguido e os demais tivessem menos importância

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Miguel Trombini