E se estes clássicos da Disney fossem LGBT?

Polêmicas e falta de representatividade

Apesar de existirem algumas teorias sobre possíveis personagens queer dos estúdios Disney, a representação LGBT deste universo é bem pequena, em sua maioria por meio de aparições extremamente breves e easter eggs

Por isso, como seria se alguns dos clássicos mais amados da Disney fossem LGBT?

O iG Queer criou alguns comparativos para explorar como os plots mais tradicionais dos contos de fada seriam sob uma perspectiva que foge da cis-heteronormatividade

“A Princesa e o Sapo”

E se a protagonista Tiana fosse bissexual e entrasse em um triângulo amoroso envolvendo a melhor amiga, Charlotte, com quem cresceu, e o Príncipe Naveen, que entra na vida dela na forma de sapo? Conseguir o beijo que a transforma de volta em humana ou permanecer em forma de sapo por amar a melhor amiga e não se sentir bem em beijar outra pessoa? Seriam conflitos interessantes de explorar

“A Pequena Sereia”

A polêmica mais recente desse clássico é o fato de que o trailer do live action previsto para maio de 2023 traz a atriz preta Halle Bailey como Ariel. O fato da princesa ser negra no filme causou revolta e uniu pessoas para dar deslike no trailer no YouTube. Agora, e se a “pequena sereia” na verdade fosse um tritão que se apaixona por um príncipe humano? Dá para imaginar o impacto que teria nos grupos conservadores

“Mulan”

Shang já se mostrava interessado pela protagonista Mulan antes mesmo de descobrir que ela é mulher, ou seja, fortes indícios de bissexualidade. Porém, e se a história fosse sobre um homem trans que assume a própria identidade e entra para o exército? O conflito, neste caso, seria o medo de que a transgeneridade fosse descoberta e causasse fortes represálias. Neste cenário, o protagonista formaria um casal aquileano – formado por homens – com Shang

“Tarzan”

E se o explorador Archimedes não tivesse uma filha, Jane, e sim um filho? Seria interessante explorar o contato de Tarzan com outro rapaz e a forma como o romance seria desenvolvido, uma vez que há o preconceito ligado ao fato de Tarzan viver na floresta. Uma vez somado o marcador LGBT, vale imaginar como seria o desenvolvimento do plot

“A Bela e a Fera”

Além da suposta paixão de LeFou por Gaston, há duas possibilidades que seriam interessantes: a Fera ser mulher e apaixonar-se pela Bela e vice-versa, ou a Bela dar lugar a um protagonista masculino que desenvolve sentimentos pela Fera e é retribuído. Em ambas as óticas, as relações sáficas e aquileanas poderiam ser exploradas, além da mensagem central do filme – não levar em consideração apenas a aparência, mas o coração

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Miguel Trombini