Relembre alguns personagens LGBT que foram pioneiros nas novelas

Rodolfo Augusto, em “Assim na Terra Como no Céu” (1970)

Interpretado por Ary Fontoura, essa foi a primeira vez que uma novela apresentou um personagem gay. Rodolfo era um costureiro afeminado e muito caricato, ou seja, com muitos estereótipos. Ainda assim, para a época, foi uma grande burburinho.

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Conrad Mahler, em “O Rebu” (18974-1975)

Interpretado por Ziembinski, o personagem foi o anfitrião da festa em que o assassinato central da novela ocorreu. No fim, descobriu-se que ele próprio era o assassino: matou seu “protegido” chamado Cauê por ciúme. Devido à censura da época, não era permitido falar de um romance gay envolvendo Conrad, mas é algo que ficou implícito.

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Agenor, em “O Grito” (1975-1976)

Rubem de Falco interpretou Agenor, um homem angustiado que vivia “no armário” durante o dia, principalmente dentro do convívio familiar, profissional e social, mas se montava com roupas designadas femininas para sair na noite paulistana.

Reprodução/Youtube 03.05.2022

Cláudia Celeste, em “Espelho Mágico” (1977)

Durante a Ditadura Militar, mulheres trans e travestis eram proibidas de aparecer da TV, porém Cláudia Celeste (atriz e dançarina trans) conseguiu fazer uma ponta em “Espelho Mágico”. Ela precisou sair de cena após ter a identidade descoberta, mas retornou 10 anos depois em “Olho por Olho”, na TV Manchete

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Mário Liberato, em “Roda de Fogo” (1986-1987)

O vilão gay foi vivido por Cecil Thiré. O personagem vivia com o mordomo Jacinto, com quem estabeleceu uma relação que ia além do profissional

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Laís, em “Vale Tudo” (1988)

Após o fim da censura com o término da ditadura, em 1985, abordar pautas LGBT na televisão ficou um pouco mais simples. Na novela “Vale Tudo”, mas personagem Laís, vivida por Cristina Prochaska, tinha um relacionamento com Cecília, que acabou falecendo. Após isso, Laís se encantou por Marília

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Ninete, em “Tieta” (1989-1990)

A primeira novela da ilustre Rogéria. Ninete era administradora dos negócios de Tieta em São Paulo e chegou a Santana do Agreste causando um reboliço na pequena cidade: durante uma discussão, ela revela que o nome “verdadeiro” é Valdemar

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Miguel Trombini