João W. Nery é conhecido por ter feito a cirurgia de redesignação em 1970, ficando marcado como o primeiro a realizar esse procedimento. Porém, o jornalista Neto Lucon descobriu a história de Mário da Silva, que em 1959 surpreendeu a cidade de Itajaí, Santa Catarina, ao realizar a cirurgia com apenas 18 anos. Contudo, nem João nem Mário tiveram reconhecimento jurídico da transição
Por meio da resolução nº 1.482/97, em 1997, o CFM autorizou a realização das cirurgias de redesignação (neovulvovaginoplastia e neofaloplastia). Antes disso, o procedimento era realizado clandestinamente no país.
Em 2006, por meio da Carta dos Direitos do Usuário de Saúde, garantiu-se que pessoas trans e travestis tivessem o direito ao nome social. Essa medida, porém, foi regulamentada apenas em 2009 – contudo, ainda hoje há dificuldades para que essas pessoas obtenham atendimento pelo nome correto da rede de atendimento básico
Em 2010, o Sistema Único de Saúde passou a realizar atendimento hospitalar para redesignação sexual. Tendo apenas cinco hospitais autorizados a executar os procedimentos, até os dias de hoje a fila de espera pode passar de 10 anos
Em 2015, as resoluções nº 11 e 12 do Conselho Nacional de Combate à Discriminação dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais foram publicadas no Diário Oficial da União. A primeira determina que deve-se incluir os campos "identidade de gênero" e "nome social" em boletins de ocorrência policial. Já a segunda dá o direito às pessoas trans de serem referidas pelo nome social em escolas e universidades, além de usarem os banheiros condizentes à identidade de gênero.
Em janeiro de 2020, o Conselho Federal de Medicina definiu algumas regras para que profissionais da saúde lidem com o público trans. A idade mínima para a realização de cirurgias foi de 21 para 18 anos, e a idade mínima para hormonização, de 18 para 16 anos. Também há a possibilidade realizar o bloqueio da puberdade para adolescentes transgênero