Trabalhadores LGBTQ+ ganham 10% menos que outros profissionais nos EUA

Indígenas e negros LGBTQIA+ têm salários ainda menores

Pesquisa norte-americana revela que profissionais LGBTQIA+ recebem 10% a menos que os demais trabalhadores.
Foto: cecilie johnsen / unsplash
Pesquisa norte-americana revela que profissionais LGBTQIA+ recebem 10% a menos que os demais trabalhadores.

Um relatório publicado pela Human Rights Campaign Foundation mostrou que trabalhadores LGBTQIA+ recebe em torno de 90 centavos para cada dólar que o trabalhador norte-americano ganha costumeiramente. 

Em outras palavras, enquanto um trabalhador médio, que trabalha em tempo integral, tem a faixa salarial de US$ 1.001, o salário de uma pessoa LGBTQIA+ chega a US$ 900. Ou seja, existe uma diferença de aproximadamente 10%, segundo dados do Escritório de Estatísticas para o Trabalho dos EUA.

A pesquisa levou em consideração as informações de 7 mil empregados americanos em tempo integral. Fatores como raça, etnia e identidade também afetam os salários. Nativos americanos e negros LGBTQIA+ possuem os menores recebimentos semanais. Profissionais não-binários, queer, gênero fluido e intersexo recebem cerca de US$ 698 por semana. Mulheres e homens trans entre US$ 600 e US$ 700 respectivamente, segundo a HRC Foundation.

De acordo com Shoshana Goldberg, diretora de educação pública e pesquisadora da HRC Foundation, o preconceito é uma das principais causas. 

“Embora, certamente, possa haver vários fatores subjacentes, não podemos ignorar o fato de que isso pode ser devido à discriminação já que as pessoas LGBTQIA+ não estão necessariamente recebendo salários iguais por trabalho igual”, disse.

Grupos LGBTQIA+ também foram um dos maiores afetados pela crise econômica gerada pela pandemia. Dados apontam as maiores taxas de desemprego e insegurança alimentar desses indivíduos em comparação a outras pessoas.

"As pessoas LGBTQIA+ são mais propensas a estarem desempregadas ou trabalhando meio período, e isso só foi exacerbado pela pandemia", afirma Shoshana Goldberg.

*Informações do jornal OGLOBO