Mês da visibilidade trans: como pessoas cis podem ajudar na luta?

Janeiro lilás

O janeiro lilás é uma iniciativa que busca conscientizar a população a buscar maior conhecimento sobre o movimento transgênero para combater os estereótipos e preconceitos enraizados. O lilás vem da combinação das cores da bandeira trans: azul, rosa e branco

Miguel Trombini

O dia da visibilidade trans, 29 de janeiro, corresponde à data em que foi feito um ato nacional em Brasília para o lançamento da campanha “Travesti e Respeito”. Esse episódio foi um marco na história do movimento contra a transfobia e luta pelos direitos das pessoas trans e travestis

Miguel Trombini

Mas o que isso tem a ver com as pessoas cisgênero?

Pessoas cis são aquelas que não são trans, ou seja, que se identificam com o gênero que lhe foi imposto ao nascimento. Quando se trata da conscientização contra a transfobia, um ponto fundamental é que quem é cisgênero entenda que reproduz transfobia constantemente, mesmo sem perceber

Miguel Trombini

Como apoiar a causa?

Além de apoiar instituições que lutam pelos direitos das pessoas trans, pequenos hábitos do dia a dia contribuem para promover ambientes menos transfóbicos. Por exemplo: não supor o gênero de ninguém. Roupas, maquiagem e cabelo não definem o gênero de uma pessoa, pois consistem apenas na forma como ela se expressa. Na dúvida, pergunte o nome da pessoa e por quais pronomes ela atende

Miguel Trombini

Corrigir erros de linguagem também é importante. Não é “o travesti”, e sim “A travesti”, pois se trata de uma identidade feminina

Miguel Trombini

Homens trans não “viraram” homens, e mulheres trans não “viraram” mulher. Ninguém vira nada, as pessoas apenas descobrem em certo momento da vida que não são aquilo que lhe impuseram quando nasceram

Miguel Trombini

Não reforce estereótipos de gênero

“Isso é coisa de homem e isso é coisa de mulher” não cabe mais. Além de machista, esse tipo de atitude também impacta na vida de pessoas trans que não se encaixam nesses estereótipos. Por exemplo: nem todo homem trans vai querer tomar testosterona ou fazer mastectomia, muito menos se vestir de acordo com estereótipos de masculinidade. O mesmo vale para mulheres trans e pessoas não-binárias, que não são obrigadas a terem um estilo andrógino

Miguel Trombini

Acima de tudo, é preciso compreender que estudar pelo menos o básico sobre a causa trans e as reivindicações que a permeia é a melhor forma de se desapegar de hábitos transfóbicos

Miguel Trombini