Ex-De Férias revela homofobia de motorista da Uber: "Me jogou na avenida"

Leo Lacerda disse que não teve apoio da polícia e torceu o pé direito com o impacto do arremesso; Uber se manifesta

Leo Lacerda revela ataque homofóbico de motorista da Uber
Foto: Reprodução/Instagram
Leo Lacerda revela ataque homofóbico de motorista da Uber


O influenciador Leo Lacerda, ex-participante do "De Férias com o Ex Brasil", da MTV, relatou para os seguidores, nesta segunda-feira (1º), que foi vítima de um ataque homofóbico de um motorista parceiro da Uber e não recebeu ajuda policial.

Segundo Leo Lacerda, que estava saindo de uma festa em São Paulo (SP), o motorista se recusou a continuar a corrida e o arremessou em uma avenida da cidade. "Que situação. Eu nunca pensei em passar por isso. O cara me jogou no meio da avenida. Entrei no carro, ele tinha demorado dez minutos, porque ele parou no meio do trajeto para abastecer. Só entrei no Uber e fiquei quieto. Ele falou, 'não vou te levar porque você está de cara feia e vai me dar nota baixa, vai diminuir meu ranking. Vaza do meu carro, vai embora'. Eu falei 'estou em meu direito, me leva pra casa'", disse Leo.

O ex-MTV explicou que o motorista ficou furioso quando ele falou que ia chamar a polícia, pois precisava chegar em casa. "Quando eu falei da polícia, ele saiu do banco dele, veio atrás e começou a me empurrar, a me puxar, Me puxou e tirou pela perna. Eu caí no meio da avenida, ralei as minhas costas. O carro quase passou por cima de mim. Estava no meio da ligação com a polícia, está tudo gravado, e a polícia disse que não podia fazer nada porque o carro era dele.

Em contato com o iG Gente, Leo Lacerda explicou que a ligação para a polícia foi feita através de um dispositivo dentro do aplicativo da Uber, mas a equipe teria negado ajuda. Léo ainda revelou que torceu o pé direito por causa do impacto ao ser arremessado do carro.

"Eu estou com as costas machucada, ralado e batido. Estou mancando um pouco porque meu pé direito torceu com o impacto. Eles [polícia] falaram que não podiam fazer nada porque o veículo era do cara e ele tinha direito de me tirar. Aí eu pedi para chamarem a viatura. Eles foram lá e não deu em nada. Falaram que eu teria que resolver sozinho. O pior foi eles ouvirem tudo no momento da agressão, eu gritando, e não fizeram nada", disse Leo Lacerda, que vai realizar o exame de corpo delito e boletim de ocorrência nesta segunda-feira (1º). 



Procurada pelo iG Gente, a Uber se manifestou através de nota e garantiu que o motorista envolvido no caso foi banido do aplicativo. "A Uber considera inaceitável e repudia qualquer ato de violência e discriminação. A empresa acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos dessa natureza às autoridades competentes. A conta do motorista parceiro foi banida assim que tomamos conhecimento do ocorrido. A Uber permanece à disposição das autoridades para colaborar com as investigações, na forma da lei", diz trecho da nota.