‘Falta o principau’
O trocadilho, além de desrespeitoso, resume o “ser homem” a ter um pênis, ou seja, é uma alegação transfóbica. Gênero e sexo são coisas diferentes e ter ou não um pênis não torna ninguém mais ou menos homem
Além dos estereótipos, existem muitas ideias equivocadas a respeito dos homens trans; veja algumas delas
O trocadilho, além de desrespeitoso, resume o “ser homem” a ter um pênis, ou seja, é uma alegação transfóbica. Gênero e sexo são coisas diferentes e ter ou não um pênis não torna ninguém mais ou menos homem
Muito cuidado com esse tipo de fala. Terapias hormonais e cirurgias não são pré-requisito para ser trans, afinal isso não é uma receita de bolo. Cada pessoa trans vivencia sua identidade à sua maneira, e fazer ou não algum procedimento tem a ver com o fato da pessoa sentir necessidade ou não. Nem todo o homem trans toma testosterona, se sente desconfortável com seus seios ou genitália e não é menos homem por isso.
Primeiro, o que são “coisas de homem”? Os estereótipos de masculinidade e feminilidade são falhos, logo a forma como uma pessoa trans se veste, corta o cabelo, se comporta, ou o que ela gosta ou não de fazer não a torna menos trans ou mais trans. Identidade de gênero e expressão de gênero são coisas diferentes. Exemplo: usar uma saia não torna um homem trans menos homem
Identidade de gênero e orientação sexual são questões separadas. Homens trans podem sim se atrair por mulheres, o que faz deles homens heterossexuais, mas eles também podem ser bissexuais, gays, pansexuais, assexuais, etc
Homens trans são homens completos, independentemente de qualquer coisa. A identidade deles é tão legítima quanto a identidade cis, e ninguém precisa se adequar aos padrões e estereótipos se não quiser