Presença de LGBTs bate recorde nos Jogos Olímpicos de Tóquio
Com 163 atletas, Olimpíadas tem maior número; Brasil leva ao Japão 14 esportistas assumidos publicamente
As Olimpíadas de Tóquio bateram o recorde de atletas assumidamente LGBTQIA+. Segundo o levantamento do site Outsports, os Jogos têm ao menos 163 atletas gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros, queer, trans e não-binários em Tóquio defendendo os países. É quase o triplo do número que participou dos Jogos do Rio, em 2016.
Os Estados Unidos lideram com 30 atletas, seguidos por Canadá (16), Grã-Bretanha (16), Holanda (16), Brasil (14), Austrália (12) e a Nova Zelândia (10). O Brasil é representado por Marta da Silva, Andressa Alves, Bárbara Barbosa, Formiga, Letícia Izidoro e Aline Reis (futebol feminino), Izabela da Silva (atletismo/disco), Babi Arenhart (handebol), Isadora Cerullo (rúgbi), Silvana Lima (surfe), Ana Marcela Cunha (natação), Ana Carolina, Carol Gattaz e Douglas Souza (vôlei).
E a representatividade também ocorre dentro de campo. Na estreia da seleção olímpica feminina no futebol, Marta comemorou um dos dois gols que marcou na goleada de 5 a 0 sobre a China fazendo um 'T' com os braços, homenageando a esposa Toni Pressley.
Outro destaque é Douglas Souza, da seleção masculina de vôlei. O jogador virou estrela nas redes sociais por causa de vídeos divertidos sobre o dia a dia olímpico, reunindo 1,5 milhão de seguidores no Instagram.
Em entrevista recente à “Folha de S. Paulo”, Douglas disse que se considera a “prova viva de que um LGBT pode jogar no alto nível, como um hetero”. Ao Globo Esporte, ele disse que é ativo na militância LGBT. “Eu levanto bandeira, sim. Nas minhas redes sociais sempre tem coisas lá em dias comemorativos, em dias de luta. Eu me posiciono sempre em prol da comunidade, me posiciono só de estar na seleção, de dar a minha cara a tapa para todo mundo”.