Quais são as bandeiras LGBTQIAP+ e o que significa cada uma delas?

As cores e símbolos de cada bandeira possuem sentido e à medida que a comunidade vai crescendo, novas bandeiras surgem.

Bandeira do arco-íris

Criada em 1978 pelo artista Gilbert Baker, foi exibida pela primeira vez na Parada Gay da Liberdade de São Francisco, nos Estados Unidos. A bandeira original tinha oito cores, mas hoje ela tem apenas seis e todas juntas simbolizam a diversidade. A cor vermelha simboliza a vida; o laranja é associado a cura ou saúde; o amarelo, a luz do sol; verde, a natureza; azul, a arte; e o roxo é o espírito.

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Bandeira lésbica

Esta é a primeira versão da bandeira lésbica, criada em 1999 pelo designer gráfico Sean Campbell e publicada no ano 2000 no jornal Gay and Lesbian Times, em Palm Springs. O triângulo preto foi usado no nazismo para marcar mulheres "antissociais", feministas, quem não queria filhos e lésbicas. Invertê-lo foi uma forma de ressignificar e homenagear as mulheres mortas e torturadas nos campos de concentração. O machado (chamado de Labrys) resgata a força da guerreira e sociedades matriarcais.

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Bandeira Bissexual

Criada por Michael Page em 1998, ele explicou para o Queer Art History que o segredo para entender o simbolismo da bandeira é perceber que os pixels roxos são misturados imperceptivelmente com o rosa e o azul. Ele acredita que isso reflete o mundo real, onde as pessoas bis transitam entre as comunidades gay/lésbica e heterossexual.

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Bandeira trans

Criada em 1999 por Monical Helms, a bandeira fez sua estreia somente um ano depois, na Parada LGBT de Phoenix, nos Estados Unidos. As tonalidades claras de azul e rosa, geralmente chamadas de bebês, remetem a meninos e meninas. O branco no centro vem para abraçar as pessoas em transição, quem está entre ambos os sexos (intersexo) ou quem se identifica como gênero neutro ou indefinido.

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Bandeira Pansexual

Começou a circular em vários sites a partir de 2010 e surgiu, especialmente, como uma necessidade de diferenciar a sexualidade pan e bi. Diferente dos bissexuais, pessoas pansexuais têm atração afetivo-sexuais e relacionamentos com pessoas independente do gênero e orientação sexual. A faixa azul simboliza quem se identifica como homem, a faixa rosa quem se identifica como mulher e a faixa amarela simboliza o interesse por pessoas andróginas, não-binárias, agêneros e gênero fluído.

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Bandeira Intersexo

Criada em 2013 pelo ativista Morgan Carpenter, a bandeira representa pessoas que nascem com características sexuais físicas e/ou uma configuração cromossômica que não se encaixa nem em padrões médicos, nem sociais para corpos masculinos e femininos. Segundo o criador, as cores e o símbolo não são referência de qualquer estereótipo de gênero, e o círculo simboliza a integralidade e a completude das pessoas intersexo, assim como suas potencialidades.

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Bandeiras genderqueer

Criada em 2010 por Marilyn Roxie e representa pessoas que não se encaixam no gênero imposto socialmente (cisgeneridade) - identidade de gênero socialmente atribuída ao sexo biológico do indivíduo. O lavanda é a mistura das cores tradicionais de meninos e meninas; o branco caracteriza quem não se identifica pelo padrão binário; e o verde abraça quem não se identifica nem como masculino nem como feminino.

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Bandeira não-binária

As pessoas não-binárias deixaram de se sentir representadas e, em 2014, criaram a bandeira com as cores amarelo, roxo, branco e preto para ser hasteada lado a lado. O amarelo representa as pessoas não-binárias; o branco é a pessoa com muitos ou todos os gêneros; o roxo é para quem mistura os gêneros masculino e feminino; e o preto abraça os sem gênero.

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Bandeira Assexual

A bandeira que representa pessoas assexuais foi escolhida através de um concurso, em 2010, organizado pela Rede de Visibilidade e Educação Sexual (Aven, sigla em inglês). Abraçando as pessoas que não sentem atração sexual por indivíduos de nenhum gênero, o preto simboliza a assexualidade; o cinza é a junção entre ser sexual e assexual; o branco é o desejo sexual; e o roxo é a comunidade.

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