Ariadna diz que tem medo de violência transfóbica: "Ser famosa não adianta"

Ex-No Limite e BBB disse que a própria existência já é uma causa

Foto: Reprodução Instagram
Ariadna Arantes falou sobre LGBTfobia


A ex-No Limite e BBB, Ariadna Arantes , contou que tem medo de violências transfóbicas. Em entreivsta para a Vogue, ela falou sobre ser LGBTQIA+, a carreira e também a violência que sofreu e que sofre hoje em dia. 


"O fato de ser famosa não facilita em nada [o meu caminho]. Diariamente, também acabo vivenciando tudo o que todos da minha classe vivem. Ser famosa, de uma certa forma, chama atenção para o meu universo, mas uma andorinha só não faz verão", disse ela.

A influenciadora também falou do apoio à causa LGBTQIA+ e os maiores desafios de ser do grupo. "Minha existência por si só já é uma causa, né? Compartilho minhas experiências e, dando passos pequenos, porém sólidos, consigo usar essa causa para influenciar as pessoas a se conscientizarem, e outras a não desistirem de ser quem são", apontou ela, que continuou: 

"Ainda enfrento discriminação e preconceito, às vezes até da própria classe [das mulheres], que classifica e rotula a mulher trans como inferiores. O próprio termo 'mulher trans' já é um rótulo. Meu medo é o de todas: conseguir sobreviver no país que mais nos odeia, que mais nos mata. Tenho que ter sempre muita atenção em tudo, não posso deslizar em nada, e isso é desconfortável e me deixa muito insegura, porque todo mundo erra, mas se nós erramos o peso disso triplica". 

Ariadna contou como reage a uma 'piada' ou comentário LGBTfóbico: "Fazendo a pessoa entender quão patética ela é. Mas às vezes o silêncio é a indiferença também são boas armas". 

Para a artista, os tabus de 2021 são: "O preconceito e a rejeição com o beijo. Gente, pelo amor de Deus! Não vejo nada de imoral em um casal homossexual - bissexual, trans ou o que quer que seja - andando de mãos dadas ou se beijando. Nosso país ainda é tão atrasado!".

Ariadna também aconselhou as pessoas que ainda não se assumiram por medo do julgamento alheio. "Meu conselho para as pessoas que não se aceitam ou não se assumem por medo de julgamentos de terceiros é: vivam intensamente, amem e sejam felizes! Só é fácil estragar a felicidade alheia para quem não é feliz. Não ligue pro que os outros vão pensar, porque por mais que você faça o seu melhor, algumas pessoas por natureza tendem a te menosprezar. É uma luta", finalizou.